Regularmente, a Comissão Estadual de Negociação - composta pela Associação Paulista de Medicina, Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo e Sindicato dos Médicos de São Paulo, com apoio da Academia de Medicina de São Paulo, das sociedades de especialidades e Regionais da APM – realiza reuniões com representantes de operadoras de planos de saúde para negociar reajustes de consultas e procedimentos médicos, além dos acertos contratuais necessários.
A fim de que os médicos conheçam o valor real recebido por consulta, disponibilizamos uma ferramenta especial de cálculo. O aplicativo contém duas grandes áreas: receitas e despesas. Na primeira, o profissional digita o número de consultas realizadas de cada plano de saúde e o valor bruto recebido, assim como o percentual médio de retornos (atendimentos não-remunerados). Em mais alguns cliques, o programa calcula os débitos relativos aos impostos, chegando à receita líquida.
Os médicos também podem inserir o total de despesas para a manutenção do consultório ou detalhar esses gastos, pois o sistema consegue calcular a depreciação do investimento inicial (móveis, equipamentos, etc), os custos de salários dos funcionários (secretária, assistente) e outras taxas como condomínio, telefone e energia. Feito isso, é possível conhecer o valor efetivo recebido por seu trabalho, descontados todos os compromissos financeiros assumidos para viabilizar a atividade.
Cabe ressaltar que todos os dados inseridos na ferramenta são estritamente confidenciais e anônimos e que os profissionais precisam preencher todas as informações e levar o processo até o final para calcular o valor real recebido pelas consultas.
Esta é uma das formas que encontramos para aprofundar as discussões sobre a valorização do médico junto aos planos de saúde. O intuito é contribuir para a conscientização dos médicos e, ainda, reunir subsídios para as negociações com as empresas.