Para celebrar o aniversário de 90 anos da Associação Paulista de Medicina, ocorrido no dia 29 de novembro de 2020, a Revista da APM iniciou uma série – desde sua edição 718 (mar/abr 2020) – sobre 90 grandes marcos da Medicina, percorrendo feitos desde o Antigo Egito aos dias de hoje, na última reportagem especial.
1. PRIMEIRO PACIENTE CURADO DO HIV
O tradutor alemão Timothy Brown trabalhava em Berlim quando recebeu o diagnóstico de HIV e, mais tarde, de leucemia. No caso do HIV, os médicos controlavam a situação com os antirretrovirais, mas para o câncer no sangue, precisaria de um transplante. Gero Huetter, médico responsável pelo tratamento, planejou eliminar a infecção por HIV após o transplante de célulastronco, o que foi confirmado no ano de 2007. Em 2020, Timothy faleceu na Califórnia (EUA).
2. CANABIDIOL
Após testes e estudos, o Canabidiol se mostrou eficaz no tratamento de diversas patologias, como autismo, epilepsia, Alzheimer, depressão, ansiedade e enxaqueca crônica, que afetam milhares de brasileiros. Mas, para importar medicamentos à base de substâncias da Cannabis Sativa, é preciso uma autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Já a versão artesanal é feita por associações ou pacientes mediante habeas corpus preventivo.
3. ROTAVÍRUS
O rotavírus é um vírus comum e muito contagioso que causa vômito e diarreia, atingindo principalmente as crianças. Estima-se que cerca de 125 milhões de infecções por rotavírus ocorrem a cada ano, causando entre 600.000 e 870.000 óbitos no mundo. A OMS recomendou, no ano de 2009, a inclusão de uma vacina contra a doença em todos os programas nacionais de imunização, o que reduziu a incidência de casos significativamente.
4. H1NI
A gripe suína foi reconhecida pela primeira vez na pandemia de 1919 e ainda circula como um vírus da gripe sazonal. Em junho de 2009, a Organização Mundial da Saúde declarou a gripe suína pelo H1N1 uma pandemia. A primeira vacina para a doença foi anunciada para o início do outono de 2009 no hemisfério norte. Em agosto de 2010, com a administração da vacina em vários países, a OMS anunciou o fim do ciclo pandêmico da doença.
5. DIAGNÓSTICO DO HIV
O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/ Fiocruz), responsável pela produção de vacinas, reativos e biofármacos, passou a produzir em 2011, através de uma parceria de transferência tecnológica, um exame que comprova o diagnóstico do HIV em cerca de 20 minutos.
6. DENGUE
No Brasil, os primeiros casos de dengue ocorreram no final do século XIX. Ao longo dos anos, a doença foi se espalhando por todo o mundo, com epidemias sendo detectadas em 1998, 2002, 2008, 2010 e 2011. Em dezembro de 2015, foi lançada a primeira vacina contra a doença.
7. REVERSÃO DO DIABETES
No ano de 2012, Richard Doughty, jornalista britânico de 59 anos, estava entre os 371 milhões de portadores do diabetes no mundo. E após se submeter durante 11 dias a um duro regime, ingerindo shakes, legumes, vegetais e água, em uma dieta de apenas 800 calorias por dia, conseguiu reverter o quadro da própria condição. Relatou que sua maior felicidade foi quando seu médico o ligou e disse: “O seu diabetes se reverteu completamente”.
8.HPV
O papilomavírus humano (HPV na sigla em inglês) é a infecção sexualmente transmissível mais comum atualmente. Apesar de não haver cura para o vírus, a vacina que previne alguns tipos de HPV com maior probabilidade de causar verrugas genitais e câncer cervical está disponível no Brasil desde 2014.
9.EBOLA
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, em julho de 2019, emergência internacional ao surto de ebola na República Democrática do Congo (RDC) que surgiu em agosto de 2018. E no final de 2019, foi aprovada a primeira vacina contra o vírus do ebola, com a força das colaborações público-privadas com o objetivo final de prevenir surtos antes de seu início.
10.CORONAVÍRUS
Em dezembro de 2019, o mundo se deparou com uma doença até então desconhecida. Os primeiros casos de Covid-19 tiveram origem na cidade de Wuhan, na China, e rapidamente se espalharam por todos os países, contaminando e causando a morte de várias pessoas. Com a mobilização de laboratórios e cientistas de todo o mundo, foram desenvolvidas em cerca de 10 meses algumas vacinas contra a doença, que estão sendo aplicadas desde o ano passado em várias nações.
Dedicado à Neurologia do esporte, o módulo foi coordenado por Acary Bulle de Oliveira. Na primeira aula, Ricardo Arida abordou o tema “Esportes e cérebro humano: uma perspectiva evolutiva”.
Carlo Domenico Marrone foi o coordenador do debate sobre Neurofisiologia, que teve início com Wilson Marques Junior falando sobre “Como a Eletroneuromiografia pode auxiliar na Diferenciação entre Neuropatias Hereditárias e Neuropatias Adquiridas”.
Após as conferências, começaram as últimas mesas científicas do evento. Neste espaço, Ana Cláudia Piccolo coordenou os debates sobre Neuro-oftalmologia.
Em mesa dedicada à Neuro-otologia, a primeira palestrante foi Emanuelle Roberta da Silva Aquino, que trouxe o tema “Anamnese: como identificar os diferentes tipos de tontura/vertigem?”.
Esta mesa, que abordou a Neurourologia, foi coordenada por Luis Augusto Seabra Rios, presidida por Márcio Averbeck e secretariada por Caio Cintra.