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16/11/2018 - A volta dos cubanos está longe de ser um problema...
A volta dos cubanos está longe de ser um problema; apenas antecipa soluções para um problema que se arrasta desde 2013. Temos hoje, segundo o Ministério da Saúde, 8.301 cubanos em municípios e 301 em distritos sanitários indígenas brasileiros.
Deste cubanos, 1.394 estão em SP, estado que tem mais de 145 mil médicos em atividade; 2.716 (31%) deles encontram-se na região Sul-São Paulo, que acumula imensa população de médicos (mais de 230 mil em atividade). Estes estados - São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul - têm, nos cubanos, um número próximo a 1% da população médica em atividade.
Não haverá aqui, nem em qualquer outra região do Brasil, dificuldade para substituir os profissionais sem certificação regular do Mais Médicos, desde que sejam contratados de forma regular.
O Brasil tem hoje 458.329 médicos inscritos (portanto, em atividade) nos Conselhos estaduais e 329 escolas médicas, com 33.850 vagas (não há praticamente reprovações ou desistências). Com tais números, não se pode dizer que haja falta de médicos no País.
Há sim, um sistema de saúde desorganizado e insuficientemente financiado, fortemente influenciado por interesses de grupos e vieses ideológicos. A saída dos cubanos representa início de solução de um problema criado em 2013, e não algum problema adicional.
Tem-se aqui oportunidade para antecipar a reavaliação dessa iniciativa (que tem hoje ocupados 18.240 postos de médicos); dará ensejo à substituição de não médicos por médicos qualificados; e iniciará a redefinição da atenção à saúde, sorte a cumprir o pressuposto constitucional de que a Saúde é direito de todos e dever do Estado provê-la, na universalidade e integralidade.
José Luiz Gomes do Amaral
Presidente da Associação Paulista de Medicina
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