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Anualmente, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, a Associação Paulista de Medicina homenageia mulheres que se destacam em suas áreas de atuação. Em 2015, o evento, organizado pelo Departamento de Responsabilidade Social, trouxe diretoras e presidentes das Regionais da APM (confira a lista abaixo) para a homenagem.

Todas foram recebidas para um almoço na última sexta-feira, 6 de março, pelo presidente da entidade, Florisval Meinão, e pela diretora de Responsabilidade Social, Evangelina de Araujo Vormittag, e foram condecoradas.

"Queremos, com esse encontro, parabenizar todas as mulheres que compõem o quadro que hoje faz a gestão da Associação Paulista de Medicina como se abraçássemos cada uma. Além de ser um evento a ser seguido, a comemoração nos ajuda a refletir sobre tantos outros temas que envolvem a mulher”, ressaltou Evangelina.

Antes de entregar as homenagens, Florisval Meinão lembrou que a ação é uma forma de reconhecer não somente o papel da mulher médica, e sim a trajetória da mulher. "Há uma trajetória muito rica da mulher um busca da igualdade social, com passagens muito marcantes. A própria história da mulher na Medicina é exemplo, porque as primeiras a se formarem tiveram de enfrentar inúmeros obstáculos. Atualmente, mais mulheres se registram por ano nos Conselhos e a expectativa é que, daqui a alguns anos, haverá mais médicas que médicos no Brasil”.

Falta avançar em muitas questões

Evangelina de Araujo Vormittag destacou vários pontos que infelizmente não são motivo de comemoração. Entre os dados apresentados, a diretora de Responsabilidade Social lembrou que o Brasil não cumpriu os Objetivos do Milênio (ODM), determinados em 2000 pela Organização das Nações Unidas (ONU), que determinam igualdade de gênero e a redução da mortalidade materna.

Evangelina também reforçou que as mulheres são responsáveis pela maioria das horas trabalhadas em todo o mundo, com participação de 45,4% no mercado de trabalho formal em 2011, contra uma diferença salarial de 42% em comparação ao que ganham os homens.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) revela que uma em cada três mulheres no planeta são vítimas de violência sexual ou física e 38% das vítimas de assassinato foram mortas por seus parceiros. 

"Essa semana fomos agraciadas com a aprovação pela Câmara de pena mais rígida para o feminicídio, que passa a ser considerado crime hediondo. Devemos lembrar ainda que, atualmente, não há país no mundo em que mulheres e homens sejam iguais nos campos político e econômico. Em 2010, apenas nove dos 151 chefes de Estado eleitos, ou seja, 6%, eram mulheres”, observou.

Homenageadas

Laurinda Castellani - Presidente da APM de Itapeva

Márcia Diniz - Presidente da APM de Santa Barbara D’Oeste

Márcia Pachiega Lanzieri - Presidente da APM de Guarulhos

Márcia Zucchi Vidoti - Presidente da APM de Fernandópolis

Marly Aparecida Lopes Alonso Mazzucato - Diretora de Economia Médica Adjunta da APM

Rita Aparecida Alvarenga Fernandes - Presidente da APM de Mococa

Sara Bittante da Silva Albino - Presidente da APM de Santos

Fotos: Marina Bustos