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O segundo ano do projeto "Doutor Cidadão em Ação”, da Associação Paulista de Medicina, promoveu nesta quinta-feira (26) uma palestra educativa sobre o tema "O seu lixo e a sua saúde” no Centro Social Brooklin Paulista - Unidade CCAA Dom Bosco, localizado no Jardim Aeroporto, Zona Sul de São Paulo. Ministrada pelo otorrinolaringologista Luís Cláudio do Carmo, a apresentação teve cerca de 40 crianças e adolescentes, entre 6 e 14 anos.

Na ocasião, eles aprenderam que, para evitar a proliferação de micróbios, bactérias, vírus e roedores, é necessário que haja sempre o descarte consciente do lixo, coleta seletiva e reciclagem. Cuidar da higiene pessoal, além de lavar bem os alimentos, embalá-los e armazená-los em lugar seguro também foram assuntos abordados.

Segundo Carmo, por meio do ensino lúdico, os jovens podem se tornar porta-vozes de uma melhor educação ambiental no cotidiano deles. "Podemos reverter vários problemas sociais, econômicos e de saúde. Conseguiremos ajudar e prevenir muitos problemas futuros. Assim, as crianças e adolescentes passam a disseminar os ensinamentos na comunidade, entre os familiares e coleguinhas”, disse.

A diretora da unidade, Ana Cristina Di Giorgio, afirmou que todas as crianças e adolescentes da unidade são informadas habitualmente sobre a importância do descarte seguro do lixo, e que palestras relacionadas à Saúde somam a esse trabalho. "Falar sobre lixo é sempre muito importante para a educação das crianças. Mesmo sofrendo com alagamentos, com lixo na rua e a situação precária no entorno, elas ainda precisam entender como cidadão que o lugar do lixo é no lixo. Como o conhecimento é um processo, a palestra vem somar aos nossos esforços de conscientização.”

No fim do evento, o departamento de Responsabilidade Social da APM doou quatro livros infantis para a biblioteca do Centro Social, "O Consultório do Dr. Coruja”, de autoria do palestrante Luís Cláudio do Carmo; entregou certificado de participação para as crianças e adolescentes e, como brinde, um sabonete para sempre lembrarem da importância de lavarem bem as mãos.

Doutor Cidadão em Ação

Toda palestra do projeto conta com a interação do personagem "Doutor Cidadão”, interpretado pelo ator Eduardo Oliveira Santos, há dois anos. "Eu percebo um resultado muito significativo, porque as crianças aprendem em um contexto lúdico. Em uma situação mais cômica, com bonecos em formato de bactérias, elas aprendem brincando.”

E os pequenos tiraram de letra mesmo cada aprendizado, como Ana Luiza Terto Alexandria, de 8 anos, que disse: "A dengue é muito perigosa e você pode pegar também. Por isso, você tem de se cuidar, lavar as mãos, tampar a água e jogar lixo no lixo todos os dias”. Já Yago Henrique Araújo de Souza, de 9 anos, afirmou que vai falar com as pessoas para não jogarem o lixo na rua. E sobre o reconhecimento de um suposto mosquito da dengue. "Agora, sei que aquela minhoca que eu tinha visto dentro do balanço não era uma minhoca comum como as outras. Eu vi a foto dela lá no telão (da apresentação).”

Desde 2014, o "Doutor Cidadão em Ação” é o porta-voz que, além da atuação profissional, exerce sua cidadania mostrando comprometimento com o bem-estar coletivo, por meio de linguagem simples e direta, informando sobre questões essenciais de Saúde. "A proposta é inserir o profissional de Medicina que, além da atuação científica, é um importante ator social, comprometido com o coletivo”, destacou a coordenadora de Responsabilidade Social da APM, Sheila Pistori.

Sobre o Centro Social Brooklin Paulista

O Centro Social Brooklin Paulista - Unidade CCAA Dom Bosco atende 150 crianças, divididas em turmas no período da manhã e da tarde, com idades de 6 a 14 anos. Oferece diversas atividades socioeducativas, como cozinha industrial, aulas de tricô e crochê, karatê, reforço escolar, inglês, teatro e palestras relacionadas à Saúde.

"O objetivo principal do serviço é fortalecer os vínculos familiares e comunitários. Com o desenvolvimento integral das crianças, elas podem adquirir valores positivos para se tornarem cidadãos plenos para a construção de um futuro melhor”, enfatizou a diretora Ana Cristina. Aos 15 anos, os adolescentes vão para um outro projeto da ONG, o Centro Juvenil (CJ), no qual aprendem atividades destinadas ao mercado de trabalho.

Fotos: Marina Bustos