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03/10/2018 - Pinacoteca da APM recebe exposição de grandes artistas contemporâneos até 19/10
Até o dia 19 de outubro, a Pinacoteca da Associação Paulista de Medicina sedia a mostra “Uma Antologia – Da arte e de 22 artistas brasileiros”, que traz obras de Antonio Peticov, Caciporé Torres, Carlos Araújo, Célia Rachel RVK, Claudio Tozzi, Eduardo Iglesias, Emile Tuchband, Ermelindo Nardin, Gustavo Rosa, Inácio Rodrigues, Inos Corradin, Isabelle Tuchband, Ivald Granato, Marcelo Grassmann, Neto Sansone, Newton Mesquista, Rubens Matuck, Sara Belz, Takashi Fukushima, Verena Malzen, Yugo Mabe e Yutaka Toyota.
As pinturas foram reunidas pelo Instituto Olga Kos de Inclusão Cultural, em quase doze anos de existência, e também constam em livro editado pelo crítico da arte Jacob Klintowitz. “A maioria dos artistas já participou de oficinas conosco. São pintores contemporâneos, que têm muito nome não só no Brasil, como no mundo todo”, resume Olga Kos, pediatra e uma das idealizadoras do Instituto que leva seu nome.
Klintowitz destaca que o notável desta coletiva de artistas brasileiros é que o critério de seleção foi unicamente a qualidade de suas obras: “Neste conjunto antológico de arte, felizmente temos várias tendências e processos criativos diferenciados. Cada artista é o seu próprio mundo, não há uma corrente estética hegemônica. A unidade desta mostra é a multiplicidade de vertentes”.
O livro e a exposição são financiados com recursos disponibilizados a partir da lei Rouanet e contam com o patrocínio do Bradesco Seguros, Casa Tognini e Fujifilm. Parte da tiragem será distribuída gratuitamente para bibliotecas e instituições públicas de todo o Brasil.
“O propósito maior da existência da Pinacoteca da APM é reforçar a cultura e reiterar o apreço que a Associação nutre pelas artes plásticas em geral e, em particular, pelos artistas, imortais em suas obras, que serão vistas, apreciadas e comentadas hoje e nos anos que hão de vir”, declara Guido Arturo Palomba, curador do espaço e diretor Cultural adjunto da entidade.
Instituto Olga Kos de Inclusão Cultural
Conforme recorda Olga Kos, a concepção do Instituto traz uma história médica. “Meu marido precisou de uma cirurgia cardíaca, depois teve uma infecção hospitalar grave e por isso ficou quase seis meses internado. Enquanto estávamos no hospital, assistíamos uma novela chamada Páginas da Vida, que tinha uma personagem com síndrome de Down e um instituto cultural. E ele me dizia ‘Se eu conseguir sair dessa, vamos montar um instituto para crianças com síndrome de Down’.”
Dois anos após o ocorrido, eles conseguiram abrir o Instituto, inicialmente com uma turma de 18 alunos, depois mais 18, e foi ocorrendo uma multiplicação geométrica. “Começamos com artes, livros e exposições, e dois anos depois resolvemos oferecer também karatê e taekwondo”, conta.
Atualmente, o IOK atende cerca de 3,5 mil pessoas com deficiência intelectual por ano. Parte das vagas nos projetos de artes e esportes é destinada a pessoas sem deficiência, mas que vivem em situação de risco social e moram perto dos locais onde as oficinas são realizadas.
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Fotos: Osmar Bustos
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